A brasa daquelas fogueiras que queimavam mulheres e homens de ciência permanece viva. Homens que se auto-intitulam representantes de "Deus", seja lá o que Isso signifique (a partir do que esses mesmos homens pregam como Sua lei, confesso temor), revezam-se no soprar, para que a chama do "remédio espiritual" não se extingua. Segundo esses representantes, o crime do estuprador, para "Deus" (uma vez que o representam), é menos grave e, suponho, estará perdoado com meia dúzia de ave marias e padre-nossos. Dar colo ao criminoso, alijar e alimentar o cão feroz para fazê-lo incondicional escudeiro é truque velho. Segundo os "sopradores", a menina deveria seguir queimando lentamente na fogueira divina, com a gravidez de gêmeos que, de acordo com a opinião dos médicos, a mataria. Quanto a esses, já tem a sentença proferida: queimarão no dia do "Juízo", ou quando "Deus" administrar-lhes o seu remedinho. Apesar da tragédia humana e da tragédia religiosa, sinto-me feliz, por que há poucos séculos ainda recairia sobre a menina a responsabilidade pelas atrocidades que sofreu.
PS: Tenho uma filha de nove anos e, graças ao "meu Deus", jamais fui batizado.
Na igreja nao. Mas voce foi sim! Conto depois os detalhes
ResponderExcluirExcelente olhar sobre temas tão polêmicos. A violência contra a mulher e o domínio político da Igreja Católica em nossa sociedade ainda são assuntos tratados como tabus. É preciso que essa visão crítica ganhe força!
ResponderExcluirParabéns pelo artigo!